O que esperar de Ana de Hollanda




Pequena leonina de 1m60, Ana de Hollanda (codinome artístico que escolheu) vai ter de se bater com questões complexas, de naturezas diversas, como ampliar o orçamento de R$ 2 bilhões (ou consolidá-lo, já que está ameaçado de contingenciamento). "Ana vai ter um grande desafio, que é fazer com que o governo dobre o orçamento cultural, que é ridículo, para o ano que vem", analisa Frei Betto, amigo da família Buarque de Hollanda desde 1966. "É uma pessoa muito gentil, agradável. Mas tem suficiente firmeza para se conduzir no cargo, e uma história de militância de respeito", disse a atriz Esther Góes, que a dirigiu em um espetáculo em 1994 no Tuca, em São Paulo.
Para Eduardo Saron, diretor do Instituto Itaú Cultural, a experiência localizada de Ana (foi secretária de Cultura em Osasco e do Centro Cultural São Paulo) é um trunfo. "A arte, como a cultura, não se dá no Estado ou na União, mas sim nos municípios, pois a cidade é a primeira esfera cultural do ser humano. Saber que a nova ministra foi secretária municipal de cultura e desenvolveu políticas públicas para uma cidade como Osasco me deixa extremamente feliz, pois essa experiência será determinante na construção das políticas do ministério."